O chefe Tomasz Bazyl, do Hotel Lagoas Parque, gosta de dar oportunidades de trabalho a pessoas com deficiência, explicando que talvez isso se deva ao facto de “ter uma mulher psicóloga e ter ficado por isso com mais sensibilidade a estas questões”.

Mas tenha sido por este motivo ou por outro qualquer, logo na primeira vez que lhe trouxeram este desafio “disse que sim, sem hesitar, por achar que era quase uma obrigação” acolher na sua cozinha alguém com estas características.

Desde então tem recebido várias PcD e destaca hoje “o impacto muito positivo que a sua presença tem tido junto do resto da equipa”. No início, por vezes, há uma certa estranheza face à diferença mas depois, à medida que os novos colegas “evoluem e aprendem a fazer bem as suas tarefas, a satisfação e orgulho do resto da equipa é muito grande e todos se sentem contentes por ter facilitado a integração daquela pessoa”.

O segredo destas experiências bem-sucedidas, afirma o chefe Tomasz Bazyl, é adequar bem o perfil de cada PcD às funções que vão desempenhar, como acontece com a generalidade dos novos colaboradores. Só que nestes casos, com um olhar particularmente atento à sua condição e à sua sensibilidade, que muitas vezes é superior à das outras pessoas. Por este motivo “evita atribuir-lhes tarefas que impliquem mais stress ou pressão” e vai vendo onde podem render melhor. Conta que “é como um livro, vai-se andando e vai-se construindo a história com cada um”.

Já passaram por si vários colaboradores com deficiência e alguns já se foram embora, mas continuam a ser lembrados de forma positiva por todos. E é com muito gosto que mais tarde tem passado por alguns em grandes lojas como o IKEA ou o LIDL. Quando acontecem estes encontros diz que se sente “orgulhoso por os ter acompanhado também no seu percurso e por poder fazer parte deste movimento, que lhes está a abrir portas no mundo do trabalho”.